PF indicia Bolsonaro e outros investigados no caso da Abin paralela; entenda o que significa e os próximos passos

  • 17/06/2025
(Foto: Reprodução)
Polícia Federal concluiu investigações sobre o esquema de espionagem ilegal no órgão para monitorar adversários do ex-presidente. Caberá à PGR avaliar se apresenta uma denúncia contra o grupo. A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 34 pessoas no âmbito do inquérito que apura um esquema de espionagem ilegal montado na Agência Brasileira de Informações (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O relatório com as conclusões dos investigadores passa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) antes de ser encaminhado para a Procuradoria-Geral da República (PGR). A partir daí, o Ministério Público vai avaliar qual providência será tomada: se denuncia o ex-presidente e outros envolvidos, se pede mais apurações ou se arquiva o caso. Em todas as situações, após esta fase, o caso vai para análise do Supremo. Jair Bolsonaro é indiciado pela PF no inquérito da Abin paralela O g1 explica o que significa o procedimento realizado pela PF e quais os próximos passos das apurações. O que é indiciamento? O indiciamento é um procedimento que ocorre na fase de investigação criminal. Neste momento, ainda não há processo penal e não há réus. 🔎Ocorre quando o delegado de polícia, avaliando o caso, conclui que há indícios de crime e associa os possíveis delitos a uma pessoa ou grupo de pessoas. Isso é feito a partir dos elementos de informação colhidos na apuração — as diligências feitas pelos policiais, como a análise de materiais apreendidos e depoimentos. De posse do material, a polícia elabora um relatório com suas conclusões. Neste documento, pode citar os possíveis crimes cometidos e como cada pessoa teria atuado nas condutas ilícitas. Os envolvidos passam à condição de indiciados. Neste momento, ainda não há possibilidade de condenar ou absolver os indiciados. Isso só será feito se, uma vez aberta a ação penal, as provas mostrarem que o grupo teve ou não participação nos ilícitos. O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à PF nesta quinta (5) Adriano Machado/Reuters Próximos passos Em processos que tramitam em tribunais superiores, o relatório da Polícia Federal é enviado ao ministro relator do caso, o responsável por supervisionar a investigação. De acordo com as regras internas do Supremo, uma vez encaminhadas as conclusões da PF, o relator envia o caso à Procuradoria-Geral da República, órgão de cúpula do Ministério Público que atua no tribunal. Providências da PGR Cabe ao Ministério Público decidir como proceder: pode propor mais apurações, apresentar uma acusação formal à Justiça (uma denúncia) ou arquivar o caso. Ou, ainda, sugerir um acordo de não-persecução penal, quando o caso se encaixa nas condições previstas em lei. Isso ocorre porque, pela Constituição, o MP é o titular da ação penal, ou seja, cabe a ele promover o pedido para que a Justiça processe uma pessoa por crime, propor acordos ou defender o arquivamento, caso entenda que não há irregularidades. A PGR terá 15 dias para se pronunciar. Análise do pedido da PGR Em qualquer uma das situações — arquivamento, mais diligências, denúncia — a PGR vai apresentar suas conclusões ao Supremo Tribunal Federal. O pedido de arquivamento e proposta de mais diligências passam pela análise do relator. No caso de acordo de não-persecução penal, o magistrado também precisa validar os termos da negociação. Se apresentada a denúncia — a acusação formal aos envolvidos — o relator abre prazo de 15 dias para que os denunciados enviem a resposta escrita. Concluída esta etapa, o relator libera o caso para que o recebimento da denúncia seja julgado de forma colegiada. Da decisão, é possível recorrer. Admissibilidade da denúncia Se a denúncia for rejeitada, o caso é arquivado. Se a denúncia for aceita pelo STF, o grupo se torna réu e passa a responder a ações penais na Corte. Os processos seguem para instrução processual, uma série de procedimentos para apurar o que ocorreu e a participação de cada um. Neste momento, serão colhidas as provas (depoimentos, dados, interrogatórios). Concluída esta fase, o caso vai a julgamento colegiado. Os ministros então definirão se os envolvidos devem ser condenados ou absolvidos. E, se condenados, qual a pena de cada um. Cabe recurso. Infográfico - O que é a Abin paralela, segundo a PF. Arte/g1

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/06/17/pf-indicia-bolsonaro-e-outros-investigados-no-caso-da-abin-paralela-entenda-o-que-significa-e-os-proximos-passos.ghtml


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